Atualmente, podemos perceber que a temática: Educação Física Escolar (EFE) vem sendo bastante discutida, criticada e, por muitas vezes, avaliada em relação a sua validade dentro do componente curricular da escola.
Sabemos, como coloca a professora Marta, que muitos são os descaminhos que os professores de EFE enfrentam nos dias de hoje, e isso com certeza acaba influenciando nas aulas, bem como, na disciplina como um todo. Porém, acredito que isso não pode tornar-se desculpa para responder os questionamentos da nossa atuação na escola, pois de nada adianta acharmos o problema e não solucioná-lo.
Desta maneira, gostaria de destacar a importância dos professores de EFE na luta pela valorização da nossa disciplina. Para que possamos ser reconhecidos e respeitados, temos que primeiramente saber o verdadeiro papel da nossa disciplina para a comunidade escolar, bem como, para sociedade. Desta forma, concordando com as colocações da professora Franciele, acredito que é importante que o professor invista em conhecimento, e que compreenda quais são seus conteúdos e saberes primordiais para sua atuação na escola.
Vejo também, que os cursos de Licenciatura em Educação Física possuem uma grande responsabilidade em mostrar aos futuros professores o quão eles são importantes dentro da escola, pois como coloca Carreiro da Costa (1994), a formação inicial é o momento em que o futuro professor adquire os conhecimentos científicos e pedagógicos, bem como, as competências necessárias para enfrentar a carreira docente.
Sendo assim, retomo as colocações feitas pelo professor Hugo ao destacar como um dos caminhos para ajudar a EFE, a importância de se trabalhar na formação inicial com a proposta do ensino crítico – reflexivo, bem como, na formação continuada dos professores em serviço. Mas para que isso aconteça, é necessário que os professores universitários saibam realmente como trabalhar com este ensino, caso contrário, de nada adiantará todo esse discurso.
Também fazendo um link com a escrita do professor Leonardo, aponto que é importante que tenhamos um conhecimento sobre a história da EFE, principalmente de todos os momentos que ela foi passando e suas influências, para que possamos escolher qual a abordagem que realmente queremos seguir nas aulas EFE, e assim, ter subsídios que sustentam a nossa permanência dentro do ambiente escolar.
Porém, um dos pontos que me intrigam e que o professor Cassiano ressalta é o fato de que ainda enfrentamos os equívocos de nossa profissão, como por exemplo: a relação da teoria com a prática, onde muitos professores dizem que são práticos e outros que são teóricos, sem fazer qualquer relação de uma com a outra, como se isso fosse possível!
Por tanto, tentando achar uma possível resposta para a pergunta do professor Clairton, ao nos questionar sobre a existência de retrocessos na EFE em relação aos mega-eventos que o Brasil sediará nos próximos anos, onde o professor poderá ser um treinador, acredito que se nós enquanto professores de EFE realmente sabemos o nosso papel dentro da escola não haverá retrocessos dentro do campo escolar na nossa disciplina, e com certeza, saberemos reivindicar por melhores condições no nosso ambiente de trabalho ao invés de ficarmos olhando o quanto é gasto para fazer eventos, que na maioria das vezes não trazem nenhum benefício para nossas aulas na escola, sem fazer nada para que isso acabe.
Referência
CARREIRO DA COSTA, F.A.A. Formação de professores: objetivos, conteúdos e estratégias. Revista de Educação Física UEM, Maringá, v.5, n.1, p.26-39, 1994.
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