terça-feira, 20 de dezembro de 2011

II CICLO DE ESTUDOS – Temática: Educação Física Escolar – Haury

Neste momento, após ler e refletir sobre as contribuições de cada um dos colegas sobre a Educação Física Escolar, percebo a existência de situações antagônicas em sua concepção, porém ao diagnosticar inúmeros problemas e contradições que permeiam o ambiente escolar, e mais especificamente a educação física, vejo possibilidades de um melhor reconhecimento e valorização dos envolvidos diretos  no processo, alunos e professores. O Ciclo de estudos, por meio das idéias dos professores colaboradores nos fazem um alerta do quanto a EFE deve ser levada à discussão, comprovada pela própria participação dos integrantes do GEPEF nesta temática.

            Partimos de uma análise desde a formação dos futuros professores que atuarão nas escolas, levando em consideração quais concepções de ensino são idealizadas nestes espaços, que características e perfis carregam nossos egressos no ensino superior. Estes questionamentos podem ser referência para a Universidade traçar suas diretrizes na Formação Inicial de nossos alunos.

            Outra contribuição apresentada no debate refere-se a relação teoria e prática. Ora, nossa atuação na educação física é privilegiada nesse aspecto, pois temos a possibilidade de unir o que os alunos talvez mais gostem, que são as atividades representadas pelo movimento humano associadas as mais diferentes formas de conhecimento teórico, científico, popular, de grupos afins etc. Trago uma reflexão particular que “ nada melhor que viver o mundo atual e suas temáticas a partir das relações sociais nas aulas de Educação Física ESCOLAR.

            Falou-se ainda sobre as dificuldades encontradas pelos professores na sua prática docente. Faltam espaços, materiais e “voz” aos professores de educação física da rede escolar. Entendo que a sociedade, há algum tempo, está conscientizando-se da importância que o professor de educação física tem dentro da escola e na sociedade, pois é lá que a criança, o adolescente e o adulto, a exemplo o PROEJA, irão construir parte de suas relações cognitivas, motoras, afetivas e sociais. Por que então as dificuldades apontadas anteriormente? Acredito que precisamos de maior representatividade social para que muitas leis e diretrizes possam ser cumpridas e também pela própria história da educação física que é recente em nossa cultura.

            Seguem outros assuntos tratados no Ciclo, mas gostaria de destacar o que se refere aos eventos esportivos que serão realizados em nosso país em 2014 (Copa do Mundo de Futebol) e 2016 (Jogos Olímpicos Mundiais). Opiniões a favor, argumentos contra a realização dos mesmos. Sabe-se que para realizar em particular estes eventos surgem inúmeros projetos de fomento ao esporte, talvez menos expressivos no ambiente escolar, como forma de incentivar a prática de diferentes modalidades esportivas. Somos conscientes, é claro, que a EFE não deve apenas restringir-se ao esporte e principalmente ao rendimento, mas de certa forma nos embasamos e somos influenciados por ele. Críticas surgem devido aos altos investimentos para a realização dos “jogos”, por outro lado justificadas pelo legado como melhoria do transporte nas cidades, segurança, turismo, comércio etc. Entendo que na EFE, temos a possibilidade de contribuir na formação do indivíduo sob diferentes aspectos como já mencionado anteriormente, portanto quando falamos em Projeto Olímpico, detecção de talentos esportivos, práticas e hábitos de vida saudável e formação de valores, poderíamos sim, estar falando de uma EFE respeitada como espaço de formação.

            Enfim, eram estas as reflexões que tive e que encorajei-me a falar sobre a Educação Física Escolar a partir das leituras e contribuições da Comunidade GEPEF para o II Ciclo de Estudos. Um feliz Natal e que 2012 seja repleto de sonhos a serem alcançados por todos nós. 

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