Revista Querubim – revista eletrônica de trabalhos científicos nas áreas de Letras, Ciências Humanas e
Ciências Sociais – Ano 11 Nº26 vol. 01 – 2015 ISSN 1809-3264
Hugo Norberto Krug
Doutor em Educação; Universidade Federal de Santa Maria;
hnkrug@bol.com.br
Cassiano Telles
Doutorando em Educação; Universidade federal de Santa Maria;
telleshz@yahoo.com.br
Rodrigo de Rosso Krug
Doutorando em Ciências Médicas; Universidade Federal de Santa Catarina;
rodkrug@bol.com.br
Victor Julierme Santos da Conceição
Doutor em Ciências do Movimento Humano; Universidade do Extremo Sul Catarinense; victorjulierme@yahoo.com.br
Resumo
Este estudo objetivou analisar as percepções de acadêmicos de um curso de Licenciatura em
Educação Física de uma universidade pública da região sul do Brasil sobre suas marcas docentes
positivas e negativas. Caracterizamos a pesquisa como qualitativa descritiva do tipo estudo de caso.
O instrumento de pesquisa foi um questionário. A interpretação das informações foi pela análise de
conteúdo. Participaram 20 acadêmicos do 8º semestre do referido curso. Constatamos cinco marcas
positivas e duas negativas. Concluímos que o curso estudado foi gerador de marcas positivas e
negativas, estando relacionadas direta ou indiretamente ao currículo do curso e aos professores
formadores.
Palavras-chave: Educação Física. Formação de Professores. Formação Inicial. Marcas Docentes.
The marks teaching in initial formation in physical education
Abstract
This study aimed to analyze the perceptions of academic of a course in Bachelor's Degree in
Physical Education from a public university in southern Brazil about their teaching marks positive
and negative. We characterized the research with qualitative descriptive of type case study. The
instrument of research was a questionnaire. The interpretation of information was by content
analysis. Participated 20 academic in 8th semester of that course. We found five marks positive and
two negative. We conclude that the course studied was generator of marks positive and negative,
being related directly or indirectly to the course curriculum and the teacher educators.
Keywords: Physical Education. Teacher Formation. Initial Formation. Marks Teaching.
Considerações iniciais
Para Sarmento e Fossati (2011), em dias recentes, discussões são pertinentes sobre o ser
professor, enfocando os processos formativos, fazendo-se um recorte no preparo do futuro
professor para a complexidade da docência. Nesse sentido, a escuta e a problematização das
percepções de futuros professores sobre a docência são fundamentais, pois podem apontar
questões importantes para a formação inicial.
Logo, torna-se importante efetuarmos estudos que tratem destas questões, pois, conforme
Krug et al. (2013) deve-se voltar olhares para a formação inicial em Educação Física como campo
de investigação tendo em vista que todos os cursos de Graduação em Educação Física do país sofreram modificações curriculares a partir da criação das Diretrizes Curriculares Nacionais Para o
Curso de Graduação em Educação Física.
E, neste contexto, emergiu o tema ‘marcas docentes na formação inicial em Educação
Física’, pois, segundo Cavalheiro (2014), as marcas docentes matizam o que resulta do tempo vivo
na memória, abstraído na interação com os formadores durante a formação inicial, mescladas às
tecidas no tempo atual.
Ferri (2010) define como ‘marcas’ aqueles fatos que ficam na memória espontânea e que
trazem somente recordações positivas. Em contraposição, Cavalheiro (2014) afirma que as marcas
também são aquelas que provocam algum tipo de frustração ou desencanto com a formação
vivenciada que, de alguma forma, contribuem para o corte com a docência. Já Cunha (2010) diz que
ao longo do processo formativo entrelaçam-se pontos de encontros e desencontros, fatos que
marcam (positiva ou negativamente) e que se encontram na subjetividade das pessoas.
Assim, embasando-nos nestas premissas descritas formulamos a questão norteadora do
estudo: quais são as percepções de acadêmicos de um curso de Licenciatura em Educação Física de
uma universidade pública da região sul do Brasil sobre as suas marcas docentes? A partir desta
indagação delineamos o objetivo geral do estudo como sendo: analisar as percepções de acadêmicos
de um curso de Licenciatura em Educação Física de uma universidade pública da região sul do
Brasil sobre as suas marcas docentes positivas e negativas.
Para facilitar o atingimento do objetivo
geral o dividimos em dois objetivos específicos: 1) Analisar as percepções de acadêmicos de um
curso de Licenciatura em Educação Física de uma universidade pública da região sul do Brasil sobre
as suas marcas docentes positivas; e, 2) Analisar as percepções de acadêmicos de um curso de
Licenciatura em Educação Física de uma universidade pública da região sul do Brasil sobre as suas
marcas docentes negativas.
Justificamos a realização do estudo acreditando que pesquisas desta natureza oferecem
subsídios para reflexões que podem possibilitar modificações no contexto da formação inicial de
professores de Educação Física, bem como uma melhoria da qualidade desses profissionais na
atuação docente na escola.
Procedimentos metodológicos
Esta investigação caracterizou-se por ser uma pesquisa qualitativa descritiva na forma de
estudo de caso. Para Triviños (1987) a pesquisa qualitativa envolve a obtenção de informações
descritivas sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto dos pesquisadores com
a situação estudada procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos
participantes da situação de estudo.
Conforme Gil (1999) o estudo de caso se fundamenta na ideia
de que a análise de uma unidade de determinado universo possibilita a compreensão da
generalidade do mesmo ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma pesquisa posterior,
mais precisa.
Utilizamos um questionário para coletar as informações.
Para Triviños (1987), mesmo o
questionário sendo de emprego usual no trabalho positivista, também o podemos utilizar na
pesquisa qualitativa. A interpretação das informações coletadas pelo questionário foi realizada por
meio da análise de conteúdo que, para Bardin (1977), tem três etapas: a pré-análise; a exploração do
material; e, o tratamento dos resultados.
Participaram do estudo vinte acadêmicos do 8º semestre de um curso de Licenciatura em
Educação Física de uma universidade pública da região sul do Brasil. Consideramos que os
acadêmicos no final do curso teriam mais pertinência para opinar sobre as questões do estudo. A escolha dos participantes aconteceu de forma espontânea, sendo a disponibilidade o fator
determinante. Quanto aos aspectos éticos vinculados às pesquisas científicas, destacamos que todos
os envolvidos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e as suas identidades
foram preservadas.
Resultados e discussões
Os resultados e as discussões deste estudo foram orientados e explicitados pelos seus
objetivos específicos, pois esses representaram as categorias de análise. Essa decisão está em
consonância com o que afirmam Minayo; Delardes e Gomes (2007) de que as categorias de análise
podem ser geradas previamente à pesquisa de campo. Assim a seguir, apresentamos o que
expuseram os futuros professores de Educação Física sobre as suas marcas docentes durante a
formação inicial.
As marcas docentes positivas
Nesta categoria de análise, achamos importante mencionar Luft (2000) que coloca que
positivo é algo que tende a auxiliar para a melhoria de alguma coisa. Assim, para este estudo,
consideramos positiva a marca docente apontada pelos acadêmicos estudados que tenderam para
auxiliar em uma melhoria do desempenho docente na Educação Física Escolar durante o curso de
Licenciatura em Educação Física.
Nesse sentido, emergiram ‘cinco unidades de significados’ descritas na
seqüência a seguir.
‘A participação nos Estágios Curriculares Supervisionados’ (dezessete citações) foi a primeira e
principal unidade de significado manifestada. Sobre essa unidade citamos Bernardi et al. (2008) que
dizem que os cursos de Licenciatura precisam propiciar aos acadêmicos experiências que os
coloquem frente ao contexto profissional futuro.
São situações em que este resgata as suas
experiências com o curso, adquiridas por meio das diferentes disciplinas oferecidas, para embasar e
oferecer subsídios para a sua atuação como professor. E, entre as disciplinas que constam do
currículo, destaca-se o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) por sua relevância na formação do
futuro professor, visto que esse propicia ao acadêmico um contato com a realidade escolar. Assim,
na vivência de situações concretas da docência, o ECS contribui na organização de como ensinar,
bem como no desenvolvimento de um processo de reflexão crítica sobre a docência. Dessa
maneira, Pimenta e Lima (2004) colocam que o ECS poderá ser um espaço de convergência das
experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso, como também uma possibilidade de
aprendizagem da profissão docente, mediada pelas relações sociais historicamente situadas.
‘A participação em grupos de estudos e pesquisas’ (dez citações) foi a segunda unidade de
significado manifestada.
A respeito dessa unidade citamos Souza (2008) que diz que a participação
de alunos da graduação em grupos de estudos e pesquisas é muito relevante para a formação desse
futuro professor na medida em que o mesmo percebe as possibilidades que esse espaço poderá lhe
oferecer. Ilha; Marques e Krug (2010) destacam que os integrantes de grupos de estudos e pesquisas
ao se reunirem num contexto de discussão, estudo, reflexão e pesquisa, podem vir a
compreenderem melhor os saberes docentes, aprofundarem o seu entendimento e, ainda
mobilizarem a sua articulação através da prática docente ou mesmo construírem alguns saberes
vividos e percebidos posteriormente, ao se inserirem no campo de trabalho. Assim, esses grupos
podem promover o desenvolvimento profissional de professores de Educação Física através da
conscientização, mobilização e (re)construção dos saberes docentes.
Outra unidade de significado manifestada, a terceira, foi ‘a participação em projetos de pesquisa,
ensino e extensão’ (sete citações).
Quanto a essa unidade apontamos Maschio et al. (2009) que dizem
que os projetos de pesquisa, ensino e extensão surgem como uma possibilidade de aproximação da realidade escolar na formação inicial de professores, oportunizando experiências variadas e
significativas em relação à profissão escolhida. Destacam que compreendem a participação em
projetos de pesquisa, ensino e extensão como um componente essencial dos cursos de formação
inicial e do desenvolvimento dos professores, uma vez que, por meio dessa participação, é possível
conhecer novas possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente.
A quarta unidade de significado manifestada foi ‘o convívio com bons professores formadores’ (cinco
citações). Relativamente a essa unidade nos reportamos a Souza; Tabanez e Silva (1998) que dizem
que durante sua formação os alunos se deparam com diversos modelos de ‘bons professores’.
E,
nesse sentido, Pereira e Garcia (1996) afirmam que o conceito de ‘bom professor’, além de associarse
à categoria de professor, deve estar ligado a uma situação histórica dada, com implicações
sociológicas, culturais e políticas, manifestadas na sua forma de ser, como pessoa e como
profissional. O conceito de ‘bom’, também como categoria filosófica, é motivo de estudo desde o
tempo dos sofistas gregos. O ‘bom’ está interrelacionado com o ‘bem’ e incorre em valor.
O
conceito de ‘bom’ também possui diversos viézes, ligados da Psicologia à Sociologia, mas para o
senso comum, no qual se apóiam os valores dos alunos, o ‘bom’ corresponde ao correto, ao
eficiente, à satisfação, ao apropriado. Assim, a qualidade de ‘ser bom’, implica numa série de fatores
que estão ligados à competência, à proficiência, à habilidade, etc.
Aquele que é considerado ‘bom’,
relaciona-se à sua capacidade docente, com natureza e função educativa. Ser bom relaciona-se à
questão de negar o mau, o deficiente, o incompetente, etc.
A quinta e última unidade de significado foi ‘a participação em cursos de atualização profissional’
(duas citações). Essa unidade pode ser apoiada em Marques (1992) que afirma que a formação
acadêmica deve despertar o futuro profissional para o enriquecimento pessoal constante, da sempre
atualização, da busca de soluções, sendo assim, um eterno estudioso.
Nóvoa (1992) diz que a
formação não se constrói por acumulação de curso, de conhecimentos ou de técnicas, mas sim
através de um trabalho de reflexão crítica sobre as práticas e de reconstrução permanente da
identidade pessoal.
Ao fazermos uma análise geral sobre a percepção dos acadêmicos estudados constatamos
que a quase totalidade (quatro do total de cinco) das marcas docentes positivas estão diretamente
(uma) ou indiretamente (três) ‘ligadas ao currículo do curso’. ‘A participação nos Estágios Curriculares
Supervisionados’ (dezessete citações) foi a marca docente positiva diretamente ligada ao currículo do
curso, pois o estágio é uma das principais disciplinas obrigatórias do mesmo.
As marcas
indiretamente ligadas ao currículo do curso, pois estas são atividades extracurriculares, não
obrigatórias, mas complementares, foram: ‘a participação em grupos de estudos e pesquisas’ (dez citações);
‘a participação em projetos de pesquisa, ensino e extensão’ (sete citações); e, ‘a participação em cursos de
atualização profissional’ (duas citações). Constatamos ainda que apenas uma (do total de cinco) marca
docente positiva foi ‘ligada aos professores formadores’, sendo ‘o convívio com bons professores formadores’ (cinco
citações). Vale ainda destacar que as cinco marcas docentes positivas tiveram no total quarenta e uma
citações, sendo trinta e seis ‘ligadas diretamente (dezessete) e/ou indiretamente (dezenove) ao currículo do curso’ e
somente cinco ‘ligadas aos professores formadores’.
E, a partir destas constatações inferimos que o
currículo do curso e os seus professores formadores são um importante componente para uma
formação de qualidade, pois podem proporcionar marcas docentes positivas nos futuros
professores. Nesse sentido, citamos Krug et al. (2013) que apontam para uma compreensão mais
ampla de currículo, que ultrapasse a grade curricular, os seus conteúdos e as suas atividades de
ensino, sendo todo o complexo conjunto que envolve a dinâmica educativa, podendo ser
obrigatória ou não para a habilitação profissional.
As marcas docentes negativas
Nesta categoria de análise, achamos necessário citar Luft (2000) que diz que negativo é algo
que contém ou exprime recusa, é contraproducente. Assim, para este estudo, consideramos negativa
a marca docente apontada pelos acadêmicos estudados que tendeu para tornar contraproducente o
desempenho docente na Educação Física Escolar durante o curso de Licenciatura em Educação
Física.
Nesse sentido, emergiram ‘duas unidades de significados’, as quais foram elencadas a seguir.
‘O convívio com maus professores formadores’ (dezesseis citações) foi a primeira unidade de
significado ressaltada. Sobre essa unidade mencionamos Odorcick et al. (2001), que dizem que é
difícil fracionar a imagem do ‘mau professor’, pois, na visão dos alunos, vários aspectos se
entrelaçam, mas em seu estudo os acadêmicos da Licenciatura em Educação Física (universidade
pública) apontaram como principais características o ‘desinteresse’, a ‘didática ruim’, a
‘irresponsabilidade’ e a ‘arrogância’.
Já Krug et al. (2013) no estudo intitulado “Avaliando a
formação inicial: a percepção de acadêmicos de um curso de Licenciatura em Educação Física”
constataram que os maus professores formadores foi o principal aspecto negativo do mesmo.
A segunda e última unidade de significado ressaltada foi ‘a pouca relação entre teoria e prática nas
disciplinas do curso’ (seis citações). Em se tratando dessa unidade citamos Shigunov; Dornelles e
Nascimento (2002) que destacam que o relacionamento entre teoria e prática se constitui em um
problema básico na formação de professores.
De acordo com Pimenta e Lima (2004), este
problema é um desafio que somente poderá se dissipar com o entendimento de que todas as
disciplinas são “teóricas” e também “práticas”, diferente do que geralmente é visto quando o
estágio é entendido como a parte prática e as demais disciplinas como a teórica, pois todas as
disciplinas devem contribuir para a finalidade de formar professores a partir da análise, da crítica e
da proposição de novas maneiras de fazer educação.
A pouca relação entre teoria e prática também
foi um dos aspectos negativos na avaliação da formação inicial na percepção de acadêmicos de
Educação Física em estudo realizado por Krug et al. (2013).
Ao efetuarmos uma análise geral sobre a percepção dos acadêmicos estudados constatamos
que a metade (uma de duas) das marcas docentes negativas foi ‘ligada aos professores formadores’, sendo ‘o
convívio com maus professores formadores’ (dezesseis citações).
A outra metade (uma de duas) das marcas
docentes negativas foi ‘ligada ao currículo do curso’, sendo ‘a falta de relação entre teoria e prática’ (seis
citações). Vale destacar que as duas marcas docentes negativas tiveram no total vinte e duas citações.
E, a partir destas constatações inferimos que o currículo do curso e os seus professores formadores
podem ser importante componente para uma deficiente formação profissional, pois podem
proporcionar marcas docentes negativas nos futuros profissionais. Nesse sentido, mencionamos
Leone e Leite (2011) os quais salientam que é preciso atender suficiente e explicitamente a
formação inicial para que esta possa preparar adequadamente o futuro professor para o seu ingresso
no trabalho docente.
Considerações transitórias
Pela análise das informações obtidas temos a destacar o seguinte: a) Quanto às marcas
docentes positivas constatamos que os acadêmicos estudados apontaram ‘cinco unidades de significados’:
1) ‘A participação nos Estágios Curriculares Supervisionados’; 2) ‘A participação em grupos de estudos e pesquisas’;
3) ‘A participação em projetos de pesquisa, ensino e extensão’; 4) ‘O convívio com bons professores formadores’; e, 5)
‘A participação em cursos de atualização profissional’. Esse rol de marcas docentes positivas aponta para:
1º) Quatro marcas (1; 2; 3 e 5) que possuíram ‘ligação direta e/ou indiretamente com o currículo do curso’; e,
2º) Uma marca (4) que teve ‘ligação com os professores formadores’; e, b) Quanto às marcas docentes
negativas constatamos que os acadêmicos estudados apontaram ‘duas unidades de significados’: 1) ‘O
convívio com maus professores formadores’; e, 2) ‘A pouca relação entre teoria e prática nas disciplinas do curso’.
Esse rol de marcas docentes negativas aponta para: 1º) Uma marca (1) que teve possuíram ‘ligação
com os professores formadores’; e, 2º) Uma marca (2) que teve ‘ligação direta e/ou indiretamente com o currículo
do curso’.
A partir destas constatações concluímos que o curso de Licenciatura em Educação Física
na percepção dos acadêmicos estudados foi gerador de marcas docentes tanto positivas quanto
negativas.
Esse fato está em consonância com o destacado por Cavalheiro (2014) de que o processo
formativo é gerador de marcas e estas tomam forma e relevo, a partir das ações, reações e
interações dos acadêmicos com as atividades de ensino, bem como com os formadores durante o
curso. Ainda para corroborar com os achados deste estudo citamos Zabalza (2004) que coloca que
a aprendizagem profissional da docência está relacionada às experiências vividas pelos acadêmicos e
como eles as organizam, pois, por meio delas, eles se constroem como sujeitos, a partir da trajetória
pessoal, escolar, acadêmica, da inserção na cultura; compõem o mundo; entrecruzam-se com as
vivências e experiências que vão construindo o mundo da vida e a identidade do futuro profissional.
Também concluímos pela existência de marcas docentes positivas em maior quantidade
(cinco unidades de significados com um total de quarenta e uma citações) do que as marcas docentes
negativas (duas unidades de significados com um total de vinte e duas citações). E, nesse sentido,
destacamos uma maior possibilidade de uma formação de qualidade dos acadêmicos estudados. Em
síntese, o curso de formação inicial deixou marcas nos acadêmicos estudados, tanto positivas
quanto negativas, na busca formativa para o vir-a-ser docente de Educação Física.
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Enviado em 30/04/2015
Avaliado em 15/06/2015
http://www.uff.br/feuffrevistaquerubim/images/arquivos/zquerubim_26_v_1.pdf
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