Hugo Norberto Krug
Resumo: Esta investigação objetivou analisar os principais problemas/dificuldades de gestão de aula de acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em situação de Estágio Curricular Supervisionado (ECS). A metodologia caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico sob a forma de estudo de caso com abordagem qualitativa. O instrumento utilizado para a coleta de informações foi um questionário com perguntas abertas. A interpretação das informações foi à análise de conteúdo. Os participantes foram vinte e nove (29) acadêmicos do 7º semestre do curso de Licenciatura em Educação Física (Currículo 2005) do CEFD/UFSM, matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III (Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental), no 2º semestre letivo de 2009. Concluiu-se pela existência de diversos (34) problemas/dificuldades de gestão de aula na docência em situação de ECS de acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM. Mas, o que chamou à atenção nos resultados foi a predominância de problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados à escola (18), seguido dos problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados ao aluno (10) e ficando por último os problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados ao próprio acadêmico-estagiário (6). A partir destas constatações inferiu-se que o rol de problemas/dificuldades de gestão de aula manifestado pelos acadêmicos estudados “comprova” que os mesmos possuem poucos conhecimentos e habilidades em gerir uma aula. Desta forma, recomenda-se que o curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM deve contemplar conhecimentos de gestão de aula que ajudem os acadêmicos na docência em situação de ECS.
Palavras-chave: Educação Física. Formação de professores. Formação inicial. Estágio curricular supervisionado. Gestão de aula.
Introduzindo a investigação
Segundo Claro Jr e Figueiras (2009) a gestão de aula caracteriza-se como a capacidade de manter um ambiente favorável às aprendizagens. Envolve competências de comunicação, organização, regras e atitudes. Arends (2005) define gestão de aula como “os modos pelos quais os professores organizam e estruturam suas salas de aula, com o propósito de maximizar a cooperação e o envolvimento dos alunos e diminuir o comportamento disruptivo” (p.555). Já Perrenoud (2000) conceitua gestão de aula como a organização e a direção de situações de aprendizagem.
Embora existindo algumas pequenas diferenças nestas conceituações, estes autores citados anteriormente, apontam à gestão de aula como uma das principais dificuldades do professor iniciante, gerando assim dúvidas sobre a sua capacidade de ministrar aulas e aplicar inovações.
Se isto acontece com o professor iniciante pode-se inferir que também acontece com os futuros professores em situação de Estágio Curricular Supervisionado no curso de formação inicial.
Desta forma, então, deslocou-se o interesse investigativo para a formação de professores, especificamente para a formação de professores de Educação Física, pois, conforme Claro Jr e Figueiras (2009), a temática da gestão de aula é pouco abordada na literatura especializada, mas o seu estudo pode contribuir para orientar a qualidade da formação docente.
Assim, no amplo quadro da formação de professores de Educação Física focou-se o interesse investigativo, particularmente, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mais precisamente na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado (ECS) do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), pois concorda-se com o que afirmam Ivo e Krug (2008), de que estudar o quê e quem envolve essa disciplina é tarefa daqueles que se preocupam com uma formação de qualidade para os futuros docentes.
Neste sentido, convém salientar que a atual grade curricular (CEFD, 2005) do curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM proporciona o Estágio Curricular Supervisionado I, II e III nos 5º, 6º e 7º semestres do mesmo, realizados respectivamente no Ensino Médio, nas Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental e nas Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com carga de 120 horas destinada a cada estágio, somando-se a estas 360 horas, mais 45 horas de Seminário em Estágio Curricular Supervisionado, no 8º semestre do curso, totalizando então 405 horas.
Considerando-se, então, este contexto, foi que originou-se a seguinte questão problemática norteadora desta investigação: Quais são os principais problemas/dificuldades de gestão de aula de acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de Estágio Curricular Supervisionado?
A partir desta questão problemática estruturou-se o objetivo geral como sendo: Analisar os principais problemas/dificuldades de gestão de aula de acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de Estágio Curricular Supervisionado.
Do objetivo geral elaborou-se os objetivos específicos para que se compreendesse melhor o intuito desta investigação. Foram eles: 1) Analisar os problemas/dificuldades de gestão de aula durante o Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM relacionados ao acadêmico/estagiário; 2) Analisar os problemas/dificuldades de gestão de aula durante o Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM relacionados ao aluno; e, 3) Analisar os problemas/dificuldades de gestão de aula durante o Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM relacionados à escola. Estes objetivos específicos estão fundamentados em Claro Jr e Figueiras (2009) que afirmam que os problemas/dificuldades de gestão de aula apresentam-se relacionados a três dimensões: 1ª) Ao próprio professor; 2) Ao aluno; e, 3ª) À escola.
Dentro desta perspectiva justificou-se a realização desta investigação na tentativa de compreender os desafios inerentes à docência dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de ECS. A expectativa foi de que o estudo trouxesse significativas contribuições para a compreensão do fenômeno ECS, e que favorecesse a concretização da melhoria da qualidade da formação inicial de professores de Educação Física.
A metodologia da investigação
A metodologia empregada nesta investigação caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico sob a forma de estudo de caso com abordagem qualitativa.
Conforme Triviños (1987, p.125) “a pesquisa qualitativa de natureza fenomenológica surge como forte reação contrária ao enfoque positivista, privilegiando a consciência do sujeito e entendendo a relatividade social como uma construção humana”. O autor explica que na concepção fenomenológica da pesquisa qualitativa, a preocupação fundamental é com a caracterização do fenômeno, com as formas que se apresenta e com as variações, já que o seu principal objetivo é a descrição.
Para Joel Martins (apud FAZENDA, 1989, p.58) “a descrição não se fundamenta em idealizações, imaginações, desejos e nem num trabalho que se realiza na subestrutura dos objetos descritos; é, sim, um trabalho descritivo de situações, pessoas ou acontecimentos em que todos os aspectos da realidade são considerados importantes”.
Já segundo Lüdke e André (1986, p.18) o estudo de caso enfatiza “a interpretação em contexto”. Godoy (1995, p.35) coloca que:
O estudo de caso tem se tornado na estratégia preferida quando os pesquisadores procuram responder às questões “como” e “por que” certos fenômenos ocorrem, quando há pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de um contexto de vida real.
De acordo com Goode e Hatt (1968, p.17): “o caso se destaca por se constituir numa unidade dentro de um sistema mais amplo”. O interesse incide naquilo que ele tem de único, de particular, mesmo que posteriormente fiquem evidentes estas semelhanças com outros casos ou situações.
O instrumento utilizado para coletar as informações foi um questionário com três perguntas abertas, que foi respondido por vinte e nove (29) acadêmicos do 7º semestre do curso de Licenciatura em Educação Física (Currículo 2005) do CEFD/UFSM, matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III (Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental), no 2º semestre letivo de 2009. Optamos pelo ECS III por esse ser o último estágio dos acadêmicos e, portanto, significando a última experiência com a escola na grade curricular do curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM. A escolha dos participantes aconteceu de forma espontânea, em que a disponibilidade dos mesmos foi o fator determinante. A identidade dos participantes foi preservada.
A cerca do questionário Triviños (1987, p.137) afirma que “sem dúvida alguma, o questionário (...), de emprego usual no trabalho positivista, também o podemos utilizar na pesquisa qualitativa”. Já Cervo e Bervian (1996) relatam que o questionário representa a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita buscar de forma mais objetiva o que realmente se deseja atingir. Consideram ainda o questionário um meio de obter respostas por uma fórmula que o próprio informante preenche.
Pergunta aberta “destina-se a obter uma resposta livre” (CERVO; BERVIAN, 1996, p.138).
As questões norteadoras que compuseram o questionário estavam relacionadas com o objetivo geral desta investigação e foram as seguintes: 1) Quais foram os problemas/dificuldades de gestão de aula durante o Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM relacionados ao próprio acadêmico/estagiário? 2) Quais foram os problemas/dificuldades de gestão de aula durante o Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM relacionados ao aluno? e, 3) Quais foram os problemas/dificuldades de gestão de aula durante o Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM relacionados à escola?
A interpretação das informações coletadas pelo questionário foi realizada através da análise de conteúdo, que é definida por Bardin (1977, p.42) como um:
Conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.
Godoy (1995, p.23) diz que a pesquisa que opta pela análise de conteúdo tem como meta “entender o sentido da comunicação, como se fosse um receptor normal e, principalmente, desviar o olhar, buscando outra significação, outra mensagem, passível de se enxergar por meio ou ao lado da primeira”.
Para Bardin (1977) a utilização da análise de conteúdo prevê três etapas principais: 1ª) A pré-análise – que trata do esquema de trabalho, envolve os primeiros contatos com os documentos de análise, a formulação de objetivos, a definição dos procedimentos a serem seguidos e a preparação formal do material; 2ª) A exploração do material – que corresponde ao cumprimento das decisões anteriormente tomadas, isto é, a leitura de documentos, a caracterização, entre outros; e, 3ª) O tratamento dos resultados – onde os dados são lapidados, tornando-os significativos, sendo que a interpretação deve ir além dos conteúdos manifestos nos documentos, buscando descobrir o que está por trás do imediatamente aprendido.
Os resultados e as discussões da investigação
Os resultados e as discussões foram explicitados orientados pelos objetivos específicos.
Os problemas/dificuldades de gestão de aula em relação ao acadêmico-estagiário
Identificou-se um rol de seis (6) problemas/dificuldades de gestão de aula em relação ao acadêmico-estagiário. Foram os seguintes:
1. ‘A falta de controle/domínio da turma pelo acadêmico-estagiário’ (Dezesete citações) – Relativamente a esse problema citou-se Silva e Krug (2007) que afirmam que os acadêmicos/estagiários em Educação Física vão tendo dificuldades de controle de suas aulas à medida que a faixa etária dos alunos diminui. Já Siedentop (apud KRUG, 1996b) coloca que a atividade do professor é o objeto do desenvolvimento da competência pedagógica, portanto ela se desenvolve com o exercício da profissão;2. ‘A falta de conhecimentos do acadêmico-estagiário sobre o conteúdo a ser ministrado’ (Quatorze citações) – Em relação a esse problema mencionou-se Lourencetti e Mizukami (2002) que colocam que o não domínio do conteúdo específico da matéria é um dos dilemas dos professores em suas práticas cotidianas. Já, de acordo com Cunha (1992), o professor para trabalhar bem a matéria de ensino tem que ter profundo conhecimento do que se propõe a ensinar. Destaca que o professor que tem domínio do conteúdo é aquele que trabalha com a dúvida, que analisa a estrutura de sua matéria de ensino e é profundamente estudioso naquilo que lhe diz respeito;3. ‘A dificuldade do acadêmico-estagiário no planejamento das aulas’ (Nove citações) – Esse problema pode ser fundamentado por Cavalheiro et al. (2009) que afirmam que a principal dificuldade dos acadêmicos em situação de estágio é relacionar os objetivos da aula com as atividades a serem propostas e desenvolvidas na própria aula. Já Luckesi (1993) destaca que o planejamento é um modo de ordenar a ação tendo em vista fins desejados, tendo por base conhecimentos que dêem suporte objetivo à ação, e se assim não o for, o planejamento será um faz-de-conta de decisão, porque não servirá em nada para direcionar a ação;4. ‘O choque do acadêmico-estagiário com a realidade escolar’ (Sete citações) – Sobre esse problema citou-se Onofre e Fialho (1995) que colocam que o choque com a realidade é uma expressão utilizada para se referir à situação pela qual passam os professores no seu primeiro contato com a docência, quando os problemas/dificuldades vividos assumem uma dimensão assustadora, isto é, ocorre um distanciamento entre o ideal e a realidade cotidiana. Entretanto, conforme Krug (2010b), se isso ocorre com professores iniciantes essa situação também é vivenciada pelos acadêmicos em situação de estágio. E, nesse direcionamento, destacou-se Pimenta e Lima (2004) que afirmam que um dos primeiros impactos sofridos pelo estagiário é o susto diante das reais condições das escolas e as contradições entre o escrito e o vivido, o dito pelos discursos oficiais e o que realmente acontece. Já Krug (2010a) salienta que o choque com a realidade escolar é um dos fatos marcantes do Estágio Curricular Supervisionado na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM;5. ‘A insegurança do acadêmico-estagiário na docência’ (Seis citações) – Em relação a esse problema referiu-se a Luft (2000) que diz que insegurança é a falta de segurança. Já conforme Krug (2010a) a insegurança na docência é um dos fatos marcantes do ECS na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM; e,6. ‘Não gostar de ministrar aula para crianças’ (Uma citação) – Esse problema pode ser fundamentado por Barbieri e Krug (2011) que colocam que inicialmente, durante o estágio pedagógico em Educação Física nas séries/anos iniciais do ensino fundamental, existe um sentimento de não estar preparado para atuar com crianças, mas, entretanto, com o desenrolar do mesmo, desenvolve-se uma competência pedagógica para o ensino nessa faixa etária da educação básica.
Assim, estes foram os problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados ao acadêmico/estagiário na percepção do mesmo em situação de Estágio Curricular Supervisionado da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM.
Os problemas/dificuldades de gestão de aula em relação ao aluno
Identificou-se um rol de dez (10) problemas/dificuldades de gestão de aula em relação ao aluno. Foram os seguintes:
1. ‘A indisciplina dos alunos’ (Vinte e uma citações) – Sobre esse problema citou-se Mattos e Mattos (2001) que dizem que os alunos não são mais dóceis, cooperativos como antes. Já Aquino (1996) destaca que, há muito tempo, os distúrbios disciplinares dos alunos deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras, para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais. Também, está claro, que a maioria dos educadores não sabe como interpretar e administrar o ato indisciplinado. Para Jesus (1999) a indisciplina dos alunos integra todos os comportamentos e atitudes perturbadoras, inviabilizando o trabalho que o professor deseja desenvolver;2. ‘A agitação dos alunos’ (Dezessete citações) – Esse problema pode ser fundamentado por Ilha e Krug (2008) salientam que os acadêmicos em situação de estágio não podem esquecer que os alunos na faixa etária que comporta o ensino fundamental geralmente são muito ativos, principalmente, quando estão num espaço físico amplo e sem maiores barreiras arquitetônicas;3. ‘A falta de interesse dos alunos pelas atividades propostas’ (Quinze citações) – Sobre esse problema mencionou-se Canfield et al. (1995) que colocam que a diminuição do interesse do aluno pelas aulas de Educação Física é devido à prática pedagógica do professor, onde predominam a falta de diversificação e inadequação dos conteúdos, marcados pelo desinteresse do professor. Entretanto, ainda Canfield et al.(1995) afirmam que o professor de Educação Física tem que despertar o interesse dos alunos para que estes sintam prazer e vejam horizontes na prática de atividades físicas;4. ‘A infreqüência dos alunos nas aulas de Educação Física’ (Nove citações) – Relativamente a esse problema citou-se Ilha; Cristino e Krüger (2006) que destacam que nos últimos anos existe um expressivo número de alunos que se desobrigam da freqüência às aulas de Educação Física na escola, principalmente no ensino médio. Os autores constataram que essa infreqüência está fortemente influenciada pelo turno inverso com que as aulas são realizadas que associada à atuação deficiente do professor de Educação Física da escola, detonam, sobremaneira, o esvaziamento das aulas pelos alunos;5. ‘A resistência dos alunos às atividades propostas’ (Sete citações) – A respeito desse problema reportou-se a Ilha e Krug (2008) que destacam que por ocasião do ECS um dos aprendizados é o emprego de estratégias para despertar o interesse e o gosto dos alunos pelas aulas de Educação Física e para tal precisam conhecer a realidade escolar e os seus alunos, bem como trabalhar com os mesmos;6. ‘Os alunos só querem jogo/esporte’ (Cinco citações) – Esse problema pode ser fundamentado por Mattos e Neira (apud ROSA; KRUG, 2010) que reportam-se ao fato de que com freqüência as aulas de Educação Física tornam-se a atividade de jogar por jogar, onde as aulas se estabelecem na forma de dividir as equipes e partir para o racha como jogo. Os autores colocam que nesse caso a Educação Física “transforma-se assim em um espaço para recreação e lazer dos alunos (daqueles que só jogam), desvinculando por completo de sua dimensão educacional” (p.1);7. ‘O egocentrismo dos alunos’ (Duas citações) – Em relação a esse problema citou-se Taille (1997) que diz que o egocentrismo deve ser combatido pelo professor na escola porque ele atrapalha a comunicação da criança com as outras pessoas o que prejudica a sua socialização;8. ‘O preconceito dos alunos’ (Duas citações) – Relativamente a esse problema mencionou-se Krug (2002) que diz que preconceito é um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos, que são atributos dirigidos a pessoas ou grupos, formando um julgamento a priori, um carimbo e, uma vez carimbados os membros de determinado grupo como possuidores desse ou daquele atributo, as pessoas deixam de avaliar os mesmos pelas suas reais qualidades e passam a julgá-las pelo carimbo. Destaca que os tipos mais comuns de preconceito são basicamente os seguintes: social, cultural, racial, religioso, intelectual, físico e de gênero. Salienta ainda que a educação, a escola e o professor possuem um papel importante na busca de uma sociedade mais justa e humana e, nessa busca um dos vários obstáculos enfrentados destaca-se o preconceito. Assim, é importante contribuir na formação de um cidadão que saiba respeitar todas as diversidades existentes entre as pessoas;9. ‘Os alunos hiperativos’ (Uma citação) – Esse problema pode ser fundamentado por Goldstein e Goldstein (2001) que afirmam que a criança hiperativa um enorme desafio para os pais e professores, pois é um problema muito comum na infância. Destacam que algumas crianças hiperativas vivenciam dificuldades de aprendizado em tarefas escolares. Contudo, a maioria é capaz de aprender e, muitas vezes, conseguem mesmo que não prestem atenção continuamente, nem completem a lição com eficiência. Assim, freqüentemente, os professores de crianças hiperativas sentem-se frustrados tanto quanto os pais. Entretanto, com auxílio, a maioria das crianças hiperativas, podem obter sucesso em classes normais. O sucesso escolar da criança hiperativa exige uma combinação de intervenções médica, cognitiva e de acompanhamento; e,10. ‘A falta de conhecimento dos alunos sobre esporte’ (Uma citação) – Em relação a esse problema, na escassez de literatura especializada a esse respeito, destacou-se que os professores (no caso desse estudo, os futuros professores) esqueçem que este conhecimento tem que ser ministrado por eles mesmos durante as aulas.Assim, estes foram os problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados a aluno na percepção do acadêmico da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de Estágio Curricular Supervisionado.
Os problemas/dificuldades de gestão de aula em relação à escola
Identificou-se um rol de dezoito (18) problemas/dificuldades de gestão de aula em relação à escola. Foram os seguintes:
1. ‘A falta de espaço físico para as aulas’ (Vinte citações) – Em relação a esse problema citou-se Farias; Shigunov e Nascimento (2001) que salientam que vários estudos realizados em escolas indicam que existe uma falta de locais, principalmente nas públicas, para as aulas de Educação Física. Já Krug (2004) enfatiza que a falta de espaços físicos disponíveis para a realização das atividades é um fator que interfere negativamente na prática pedagógica dos professores de Educação Física;2. ‘A falta de material para as aulas’ (Dezesseis citações) – A respeito desse problema reportou-se a Farias; Shigunov e Nascimento (2001) que destacam que vários estudos realizados em escolas indicam que existe uma falta de materiais para o desenvolvimento das aulas de Educação Física. Além disso, Krug (2004) enfatiza que a falta de materiais disponíveis para a realização das atividades é um fator que interfere negativamente na prática pedagógica dos professores de Educação Física;3. ‘Turmas com alunos de ambos os sexos’ (Seis citações) – Relativamente a esse problema mencionou-se Canfield e Jaeger (1994) que destacam que não há diferença marcante na atuação dos professores ao ministrarem aulas para turmas de seu sexo, contrária ou mista. Romero (1993) salienta que a escola atua como reprodutora da ideologia sexista dominante e discriminatória dos papéis sexuais, e o professor de Educação Física tem atuação direta no reforço de padrões sexuais, permitindo acentuar, ao invés de minimizar, as desigualdades entre os sexos. Sugere uma reflexão sobre o emprego das atividades físicas como meio de desenvolvimento integral de meninos e meninas. Já Oliveira (1997) constatou que os estudantes preferem a sua participação em aulas mistas de Educação Física ao invés de separadas por sexo, contrariando, portanto as argumentações de muitos professores que, contrários à co-educação, justificam serem os alunos os maiores interessados em aulas separadas por sexo;4. ‘As intempéries do tempo’ (Cinco citações) – A respeito desse problema reportou-se a Azevedo (1995) que coloca que, constantemente, constata-se a existência nas aulas de Educação Física de problemas de origem ambiental, ou seja: vento, chuva, calor, frio, etc. que inviabilizam a realização das mesmas;5. ‘A falta de planejamento do professor de Educação Física da escola’ (Cinco citações) – Sobre esse problema citou-se Montiel (2010) que destaca que na atualidade os acadêmicos dos cursos de Licenciatura em Educação Física desenvolvem o Estágio Curricular Supervisionado em escolas, as quais não possuem, muitas vezes, conteúdos programáticos rígidos, muitos professores e, até mesmos os estagiários, podem fazer escolhas do que querem desenvolver nas aulas. Canfield (1996) diz que o planejamento é a pedra fundamental, a razão de ser de todo o trabalho pedagógico consciente, é o que orienta o professor em sua caminhada pedagógica em busca da aprendizagem de seus alunos. Salienta ainda que a falta de um planejamento produz uma ação acéfala, isso é, sem objetivos;6. ‘Turmas com número elevado de alunos’ (Quatro citações) – Relativamente a esse problema destacou-se Krug (1996a) que diz que a quantidade excessiva de alunos nas turmas é um fator que interfere na qualidade das aulas de Educação Física Escolar;7. ‘A falta de seqüência das aulas de Educação Física’ (Quatro citações) – Esse problema pode ser fundamentado por Krug (2010c) que afirma que a forma organizacional das aulas de Educação Física Escolar, para a maioria dos acadêmicos da Licenciatura do CEFD/UFSM em situação de estágio, principalmente no ensino médio e nas séries/anos finais do ensino fundamental, ocasiona uma falta de seqüência das aulas de Educação Física que prejudicam o bom andamento do estágio;8. ‘Não ter aula de Educação Física em dia de chuva’ (Quatro citações) – A respeito desse problema reportou-se a Krug (2010c) que dizem que não ocorrem aulas de Educação Física em dias de chuva em escolas onde o turno de realização das mesmas é no contra-turno das outras disciplinas do currículo escolar e o principal motivo para tal fato é a falta de espaço físico adequado para o desenvolvimento das aulas de Educação Física;9. ‘Turma de alunos em diferenças níveis de aprendizagem’ (Quatro citações) – Em relação a esse problema citou-se Krug et al. (2010) que dizem que os professores de Educação Física têm enormes dificuldades de trabalhar com as diferenças individuais dos seus alunos e que esse fato é originado de uma deficiente formação inicial;10. ‘A junção esporádica de outros alunos com a turma que tem aula de Educação Física’ (Três citações) – Sobre esse problema mencionou-se Krug e Ferreira (1998) que destacam que a junção de duas turmas de alunos diferentes foi um dos problemas enfrentados na prática pedagógica dos acadêmicos em situação de estágio, pois, geralmente, cada turma tem seus ‘grupos’, isso é, desenvolvem seu ‘espírito de turma’ e, quando duas turmas diferentes se defrontam, quase sempre, surgem conflitos que atrapalham as aulas de Educação Física;11. ‘Turmas organizadas por clube’ (Três citações) – Em relação a esse problema citou-se Krug (2010c) que afirma que a grande maioria dos acadêmicos em situação de estágio da Licenciatura do CEFD/UFSM estagiam no ensino médio com turmas de alunos organizadas em forma de clube esportivo e que essa situação é um ponto crítico da Educação Física Escolar porque prejudica o papel dessa disciplina na escola, bem como o bom andamento do ECS da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM;12. ‘Aula de Educação Física tendo como local a sala de aula’ (Três citações) – Relativamente a esse problema destacou-se Azevedo (1995) que coloca que, freqüentemente, constata-se a existência de fatores ambientais, como por exemplo, a chuva, que prejudicam as práticas das aulas de Educação Física, que inviabilizam as suas realizações em locais ao ar livre. Entretanto, quando as aulas de Educação Física são ministradas no mesmo turno das demais disciplinas, o professor de Educação Física tem de ministrá-la na sala de aula, e esse local, não é o mais adequado, originando, assim, problemas para o desenvolvimento das mesmas;13. ‘Aulas de Educação Física com número reduzido de alunos’ (Duas citações) – Esse problema pode ser fundamentado por Ilha; Cristino e Krüger (2006) que afirmam que, nos últimos anos, tem-se observado um expressivo número de alunos que se desobrigam da freqüência às aulas de Educação Física no ensino médio. Esses autores destacam que existem alguns motivos que contribuem com esse esvaziamento das aulas. Entretanto, salientam que a evasão dos alunos no ensino médio está fortemente influenciada pela realização das aulas de Educação Física em turno inverso com as demais disciplinas do currículo escolar são realizadas, pois, dessa forma, dificulta, para muitos alunos, o retorno à unidade escolar para participarem das aulas, por diversas razões, entre elas, a falta de condições financeiras para pagar as suas passagens de deslocamento de transporte coletivo, por trabalharem, ou mesmo por razões pessoais;14. ‘A intervenção dos pais nas aulas de Educação Física’ (Duas citações) – Sobre esse problema citou-se Krug; Beltrame e Menezes Filho (1998) que em seu estudo intitulado “Diagnóstico dos problemas da prática pedagógica dos professores de Educação Física da rede municipal de ensino de Santa Maria” também citaram esse mesmo problema;15. ‘Turma com alunos inclusos’ (Duas citações) – A respeito desse problema reportou-se a Flores e Krug (2010) que destacam que 50,0% dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física (Currículo 2005) do CEFD/UFSM consideram-se pouco preparados para trabalharem com alunos deficientes na escola regular e 27,5% não preparados, confirmando assim a necessidade do curso em dar maior atenção a essa temática;16. ‘A presença de pessoas estranhas no local da aula de Educação Física’ (Uma citação) – A respeito desse problema fundamentou-se em Krug; Beltrame e Menezes Filho (1998) que dizem que pessoas estranhas à escola que atrapalham as aulas foi um problema enfrentado pelos professores de Educação Física em suas práticas pedagógicas e isso acontece porque não existe um local adequado à prática da Educação Física na grande maioria das escolas, acontecendo, portanto, a aula em locais improvisados dentro da própria escola, como também fora dela, sendo assim muito comum o aparecimento de pessoas estranhas atrapalhando o desenvolvimento das mesmas;17. ‘Aulas de Educação Física em dias consecutivos’ (Uma citação) – Sobre esse problema citou-se Krug; Beltrame e Menezes Filho (1998) que dizem que a Educação Física na escola deve ter horários mais adequados para a realização das mesmas; e,18. ‘Turma de alunos separados por sexo’ (Uma citação) – Relativamente a esse problema mencionou-se Romero (1993) que salienta que a escola atua como reprodutora da ideologia sexista e discriminatória dos papéis sexuais, e o professor de Educação Física tem atuação diretamente no reforço de padrões sexuais, permitindo acentuar, ao invés de minimizar, as desigualdades entre os sexos. Sugere uma reflexão sobre o emprego das atividades como meio de desenvolvimento integral dos meninos e meninas.
Assim, estes foram os problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados à escola na percepção do acadêmico/estagiário da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de Estágio Curricular Supervisionado.
Conclusão: uma possível interpretação sobre a investigação
Pela análise das informações obtidas concluiu-se pela existência de diversos (34) problemas/dificuldades de gestão de aula na docência em situação de Estágio Curricular Supervisionado de acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM.
O que chamou à atenção nos resultados foi a predominância de problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados à escola (18), seguido dos problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados ao aluno (10) e ficando por último os problemas/dificuldades de gestão de aula relacionados ao próprio acadêmico-estagiário (6).
Assim, os resultados deste estudo apontam uma certa semelhança com o estudo com professores de Educação Física iniciantes realizado por Claro Jr e Figueiras (2009) que constataram que os problemas/dificuldades de gestão de aula, 71% se relacionavam aos alunos, 22% à escola e 7% aos próprios professores. Isto é, são semelhantes quando os dois estudos apontam que a minoria das dificuldades de gestão de aula estão relacionados aos próprios ministrantes da aula (professor e/ou estagiário), mas, discordam fortemente quando um (CLARO JR; FIGUEIRAS, 2009) aponta que as principais dificuldades de gestão de aula são relacionadas aos alunos enquanto que o outro (este estudo) aponta que estão relacionadas à escola.
A partir destas constatações inferiu-se que o rol de problemas/dificuldades de gestão de aula manifestado pelos acadêmicos estudados “comprova” que os mesmos possuem poucos conhecimentos e habilidades em gerir uma aula. Desta forma, recomenda-se que o curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM deve contemplar conhecimentos de gestão de aula que ajudem os acadêmicos na docência em situação de ECS.
Desta forma, ressalta-se que a complexidade que envolve a gestão de aula na Educação Física Escolar requer do acadêmico, futuro professor, muito desprendimento, poder de observação e reflexão para testar inúmeras estratégias durante sua docência em situação de ECS, pois este é um período tenso, mas de muitas descobertas e aprendizagens e o estagiário deve preocupar-se em explorar plenamente esta dimensão da docência denominada de gestão de aula. Existem muitos recursos a serem usados na gestão de aula. Assim, o acadêmico, futuro professor, não deve entender a escola e o aluno como obstáculos à boa gestão de aula e, sim, como um indicador de qual recurso deva ser usado. Também o acadêmico, futuro professor, deve sempre buscar a atitude reflexiva durante a sua docência, pois a tomada de consciência sobre a sua própria atuação proporcionará bagagem e experimentações nas quais poderá pautar-se doravante. Assim, o seu compromisso deve ter em vista sempre o aprimoramento profissional.
Para finalizar, recomenda-se a realização de investigações mais aprofundadas sobre a formação inicial dos professores de Educação Física e em particular sobre o Estágio Curricular Supervisionado, pois esse momento é muito importante para uma formação de qualidade.
Referências
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