Em um momento profissional, histórico e único, pois estamos em pleno curso de uma prolongada greve em nossa instituição de ensino superior, que, sem dúvida alguma, afeta as nossas vidas e de nossos entes queridos, no presente e no futuro, como também estamos nos aproximando de uma semana “diferente e intensa” no GEPEF, com o acontecimento de seis bancas de defesas de trabalhos acadêmicos, em três dias consecutivos, quero aqui manifestar algumas palavras de clamor e incentivo a todos os integrantes de nosso grupo:
Viver é um caminho... porque a vida é um só caminho a percorrer. Somente existe uma vida para cada pessoa. E não é fácil construir o próprio caminho.
Profissionalmente destaco que existem muitos caminhos a serem escolhidos, mas o caminho da PROFISSÃO PROFESSOR foi o escolhido por vocês. Talvez a escolha tenha sido de forma consciente ou inconsciente, mas o importante é que agora vocês tenham a noção do que é “ser professor”.
“Ser professor” é difícil e complexo de definir. Mas, algumas palavras podemos desenhar a este respeito, é claro que sempre reconhecendo as suas limitações.
“Ser professor” é ensinar; Ensinar é crer, acreditar que se pode contribuir para a formação de uma pessoa.
Assim, ensinar é um caminho para um mundo melhor... porque ser professor é traçar um caminho para a vida. Portanto, “ser professor” também é construir um caminho. Um caminho cheio de surpresas... de encantos... de belezas... de dificuldades... de riscos. Ah, mas não podemos construir este caminho sozinhos. Mas sim, com aqueles que caminham ao nosso lado, partilhando das mesmas surpresas, peripécias e objetivos. É um caminho, às vezes, penoso a construir: temos espinhos a arrancar... árvores para derrubar... ervas e cipós para destruir... e pedras e barreiras para afastar... rochas para explodir... barrancos e morros para aplainar... e buracos para fechar... (não esqueçam que isto é em sentido figurado).
Ah, não é fácil construir o próprio caminho, isto é, o nosso caminho, o “ser professor”! Muito simples é andar de carona. Muito mais cômodo é andar pelos caminhos que os outros já construíram. Muito mais simples é ignorar as árvores, os cipós, as pedras, as rochas, os buracos... e passar por cima e por baixo, pelos lados e por onde der, deixando aos outros o trabalho de construir e derrubar. Nada mais simples do que esperar acontecer. Porém, nada menos digno, menos humano do que ser assim. Andar na carona dos outros não é construir um caminho. Se tu estás ignorando as barreiras do caminho, se tu estás deixando aos outros o trabalho a construir, tu não estás construindo um caminho. Tu estás deixando de “ser um professor”. É preciso coragem para “ser professor”. Coragem para enfrentar o grande desafio de ser um verdadeiro educador. Coragem para assumir o risco de tentar. Coragem para derrubar as barreiras. Coragem para construir um caminho novo, um caminho da luta do dia-a-dia, um caminho de uma educação mais justa, mais humana, uma educação para todos, da inclusão e não da exclusão, onde todos tenham os mesmos direitos e deveres. Acredito em vocês, para juntos construirmos o caminho futuro da educação brasileira.
Desta forma, saliento que o caminho a construir enquanto professor de Educação Física preocupado com as necessidades educacionais do presente e do futuro perpassam pela permanente capacidade de reflexão sobre nossas práticas pedagógicas, impulsionadas pelas atitudes de mentalidade aberta, de responsabilidade intelectual e de entusiasmo.
E lembrem-se: Há professores que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são muito melhores. Porém, há os que lutam toda a vida, estes são os imprescindíveis. Como vocês são e serão para o resto da vida!
Muito obrigado por compartilharem comigo este caminho de construção do GEPEF, pois isto fará diferença em nossos caminhos, em nossas vidas.
QUE VENHA A PRÓXIMA SEMANA, POIS ELA FARÁ DIFERENÇA NA CONSTRUÇÃO DE NOSSOS CAMINHOS!
Santa Maria, 21 de agosto de 2012.
Prof. Dr. Hugo Norberto Krug
Pesquisador Líder do GEPEF
Nenhum comentário:
Postar um comentário