Venho primeiramente pedir as mais sinceras desculpas pela demora em contribuir para esta temática, mas como todos sabem estas semanas que nos antecederam estiveram um pouco corridas, devido à realização da JAI, edital, além de termos programação da pós-graduação durante toda a semana.
Sem mais lamentações, irei partir para o tema central desta construção coletiva de conhecimentos. Após realizar a leitura das postagens anteriores, chego a compreensão de que ao sairmos da universidade, obtemos uma realidade fantasiosa (se é assim que posso descrever) do meio educacional, sendo que ao depararmos com o contexto escolar propriamente dito, acabamos por nos chocar com a realidade deste, nos mostrando que ainda não estamos totalmente prontos e me atrevo a dizer que nunca estaremos totalmente prontos, acreditando que estamos em atualização constante.
Sem mais lamentações, irei partir para o tema central desta construção coletiva de conhecimentos. Após realizar a leitura das postagens anteriores, chego a compreensão de que ao sairmos da universidade, obtemos uma realidade fantasiosa (se é assim que posso descrever) do meio educacional, sendo que ao depararmos com o contexto escolar propriamente dito, acabamos por nos chocar com a realidade deste, nos mostrando que ainda não estamos totalmente prontos e me atrevo a dizer que nunca estaremos totalmente prontos, acreditando que estamos em atualização constante.
Para Alonso (1994, p.6): “Este profissional é alguém que está sempre em busca de novas respostas, novos encaminhamentos para seu trabalho e não simplesmente um cumpridor de tarefas e executor mecânico de ordens superiores e, finalmente, alguém que tem seus olhos para o futuro e não para o passado”.
Mas me pergunto. O que barra este professor de ser um profissional inovador, com os olhos para o futuro? Acredito que a precarização existente nas unidades de ensino acaba se tornando um entrave para o processo de formação dos docentes, como afirma Nóvoa (2002, p. 23): “O aprender contínuo é essencial se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”.
Então a partir desta fala, realizo a seguinte reflexão: para que ela aconteça de forma satisfatória, algumas condições básicas precisam existir, estas condições devem ser analisadas e discutidas.
Mas como o professor irá analisar e discutir? Se o próprio professor não consegue criar uma identidade com a escola em que está! Sendo que no sistema educacional em que nos deparamos, cada professor chega a atuar em até quarto escolas, não criando vinculo com nenhuma na maioria das vezes.
Canário (1999, p.94) diz: que a escola constitui-se em um espaço essencial para a formação docente e para o desenvolvimento da identidade profissional do professor. Para ele, a chave para a produção de mudanças (simultâneas) referentes aos professores e às escolas passa, então, a residir na reinvenção de modos de socialização profissional – o que constitui o fundamento mais sólido para encarar como uma prioridade estratégica o desenvolvimento de modalidades de formação centradas na escola, por oposição e contraste com a oferta formalizada, descontextualizada e escolarizada que é dominante. Nessa mesma ordem de argumentação, Nóvoa (2002) pondera que a formação contínua de professores se coloca entre dois eixos: o da pessoa do professor e o da organização-escola e seu projeto educativo.
Se esta união professor escola é importante para a formação continuada, deixo a pergunta:
Por que o próprio professor da escola, que muitas vezes é especialista em um determinado assunto, não pode realizar a formação continuada de seus colegas (observando que a maioria das escolas acabam por contratar pessoas para realizar esta formação continuada)?
Referencias
ALONSO, Myrtes. Uma tentativa de redefinição do trabalho docente. São Paulo, 1994.
CANÁRIO, R. A escola: o lugar onde os professores aprendem. Psicologia da educação. São Paulo. SP, 1998, p. 9 – 27.
NÓVOA, A . Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa: Educa, 2002.
NÓVOA, Antonio. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal: Dom Quixote, 1997.
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