sexta-feira, 23 de setembro de 2011

II CICLO DE ESTUDOS - Temática: Espaços formativos - Cassiano

Depois da leitura deste texto inicial, escrito e muito bem escrito por sinal pela Prof. Franciele e de interagir com as colocações realizadas pelos demais integrantes do grupo (Professores Hugo, Patric, Andressa, Rodrigo e do acadêmico Vinicius) venho apartir deste realizar uma breve reflexão sem utilizar muitas falas e textos escritos por autores, mas sim tentar de alguma forma compreender através de um pensamento lógico o que posso contribuir e instigar com minha fala que é leiga, mas que me traz muita curiosidade para novas leituras.
Para começar tive que tentar compreender o significado da palavra formação e através de algumas discussões no Grupo começo a pensar nesta palavra, que como comentamos vem de forma, de dar forma a algo. Quando falamos no principio da formação, na formação que derive dos pais podemos dizer que formar significa falar em dar-se uma forma no conjunto das relações humanas, então formar um ser humano pode ser visto como uma constituição dos seres a qual ocorre no conjunto de relações que se dão na natureza, na sociedade e historicamente. Se esta relação ocorre podemos dizer que a formação de cada ser é única, sendo assim compreendo que não existam nem irmãos criados e formados da mesma forma, esta derivada das relações em que o mesmo tem e irá ter de acordo com a sua evolução cultural.
Flávio Di Giorgi (1980, p.75) apresenta uma metáfora interessante sobre este banho de cultura que recebemos falando que: “Mais importante talvez que o primeiro banho de água, foi o banho que o tornou Homem, isto é, o banho no universo do símbolo. Isto é, o banho da cultura, e de que nós permanecemos perpetuamente úmidos, que toalha nenhuma enxuga, e se enxugados reverteríamos à mera biologia que nos anularia como seres humanos. Isto é, nós somos seres humanos porque fomos banhados pela cultura.
Pensando assim o que posso dizer que está tarefa de formar é uma tarefa difícil, mas necessária, sendo que este processo de formação do homem deve ser realizado para que haja um processo de fazer, dar ao homem a oportunidade de ele adentrar neste âmbito do devir cultural.
Mas após saber do dever da formação no ser chego a formação dos professores, e me pergunto o que é formar um professor? Nesta questão continuando as falas que me antecederam, falando que concordo com a fala da Franciele quando a mesma cita indiretamente Tardif (2008) dizendo “Entretanto, as vivências anteriores do professor, enquanto aluno, são tão marcantes que muitas vezes as crenças, as representações e a bagagem de conhecimentos não são modificados com a realização do curso superior, sendo reproduzidos por meio da ação docente deste mesmo sujeito.” Completado que estes passam toda sua graduação e mesmo assim não perdem as crenças e bagagens adquiridas anteriormente.
Não posso dizer que possuo uma compreensão ampla sobre este assunto mas acredito que estas crenças poderiam ser modificadas através de uma provocação maior dos mediadores, para que aconteça uma busca acadêmica que quebrem estes paradigmas e mostrem aos acadêmicos que estas idéias formadas anteriormente possuem uma outra visão (um porem).
Para mim e quem sabe com a influência de algumas leituras posso dizer que a formação de professores deve passar constantemente por uma busca interrupta de informações e saberes, para que os acadêmicos não sejam apenas receptores de informações, mas sim para que os mesmos tenham uma maior interação acadêmico x professor, acreditando que a aquisição de novos saberes provem de uma busca constante pelo conhecimento.
Como o Prof. Patric colocou anteriormente, Debesse (1982 apud GARCÍA, 1999) classifica em três: auto, hetero e interformação. O que não quer dizer que alguma destas esteja certa ou errada, acredito que a união destas possam nos dar grandes resultados e nos desafiar a fazer com que estes futuros professores possam experiênciar todas as formas de formação existentes.
Após realizar todas estas reflexões e tentar compreender melhor esta palavra formação, me deparo com os espaços formativos. Observando anteriormente que cada ser é único e que cada um faz o seu espaço, acredito ser este algo muito subjetivo, se pensarmos um pouco e refletirmos sobre estes espaços, chego a uma pergunta: Será que o mesmo espaço que considero formativo é formativo para outra pessoa também? Respondendo-me esta chego a conclusão que possuímos muitos espaços formativos, mas que estes não são bem aproveitados pelos seus frequentadores, que muitas vezes nem os consideram espaços indo para estes estando com a cabeça fechada para suas crenças e conhecimentos anteriores, fazendo com que esta formação não aconteça.

Volto a lembrar que esta escrita não possui uma fundamentação e sim somente é um “pensar alto”, não havendo nenhuma base teórica e sim somente uma fala a partir de minha compreensão que muitas vezes pode estar distorcida devido ao meu pouco conhecimento sobre o tema! 

Referencia: 

DI GIORGI, F. V. Por que filosofar? In: Cadernos PUC n.1: Filosofia. São Paulo: EDUC: Cortez Editora, 1980, p. 79-80.   

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